quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MPE intervém e pede que parte de dinheiro bloqueado do Estado seja destinado ao Hospital de Diamantino



Com uma dívida de aproximadamente R$ 600 mil, devido a atrasos no repasse da verba do Estado, o Hospital São João Batista ganhou um aliado. O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com um pedido junto ao Tribunal de Justiça, em Cuiabá, para que parte do dinheiro bloqueado do Estado seja destinado à unidade de Diamantino. 

O promotor de Justiça Milton Pereira Merquíades pediu que o Tribunal repasse parte dos R$ 13 milhões bloqueados das contas do Estado ao São João Batista. “Esse dinheiro já está bloqueado, o que nós fizemos foi pedir que a justiça inclua o Hospital de Diamantino no montante a ser repassado para a saúde”, explicou.

Outro ponto que o promotor esclareceu foi a questão de atendimento. “O São João Batista não pode recusar atendimento, mas eu não posso deixar que uma unidade de saúde que não tem dinheiro para comprar material de limpeza, por exemplo, realize cirurgias e internações deixando os pacientes em risco de contrair infecção hospitalar. É uma questão em que tenho que preservar a vida do paciente. Não adianta obrigar a oferecer um serviço sem qualidade”, explanou

“Caso alguma pessoa venha a óbito por falta de atendimento, o Estado pode ser responsabilizado. Nesse caso pode responder processo por homicídio culposo”, acrescentou. 

Merquíades disse estar acompanhando o caso de perto e que o Ministério Público Estadual está fazendo o que é possível para garantir a verba do Estado. “A parte que cabe ao MPE está sendo feita, o que não podemos fazer é dar prazo para que essa verba seja repassada’, salientou. 

Segundo o responsável pelo Escritório Regional de Saúde, Kadd Haeg Maciel, os partos a serem realizados em Diamantino serão encaminhados para Rosário Oeste.

Fonte: Redação / O Divisor
Foto: O Divisor

Um comentário:

  1. Hospital, médicos, funcionários, sociedade, estado e municípios devem encontrar uma solução. Cuiabá não possui estrutura para realizar as quase 100 cirurgias antes realizadas no Hospital: ortopedia, cirurgia geral, ginecológicas e exames. O pagamento simples sem a garantia da manutenção inviabilizará o Hospital no futuro com esvaziamento do corpo clínico e a ruptura de mais de 50 anos de atendimento.

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